quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ou será que não?

O que me impede de ser livre
É o meu gosto pelo comodismo, as mordomias,
A preguiça em sair da segurança (falsa).
Aqui conheço o chão que piso,
Ali no horizonte à minha frente, que nunca tem fim,
Com os olhos no chão pouco consigo avançar por mim,
Ao olhar para mais longe preciso de orientação.
Tenho o coração ainda preso
Mas sempre desejoso de saber de coisas lá de longe.
Vibra com as aventuras de outros que partiram
Mas aqui se mantém, a fazer contas ao tempo,
A deixar para o amanha que não chega nunca a horas.
São os familiares, os amigos, os planos futuros
De um passado que morre a cada segundo,
Os sonhos que o são apenas, quando à frente
Se materializa aquilo que tenho medo de agarrar,
Que me atrai com um poder quase irresistível.
Já me deram alguns abanões, para acordar desta
Letargia em que me encontrava, mas,
Parece haver sempre um mas a mais,
Tanto que eu queria fazer antes disto,
Isto podia esperar mais um pouco,
Ou será que não?

1 comentário:

Leca Pinheiro disse...

Nossa, esse tocou ao fundo das minhas limitações para a liberdade. De forma magnifica você descreve os medos mais comuns que todos temos para sermos mais livres, sobre nossa segurança falsa principalmnte, nos achamos tão seguros em nossos mundos visiveis que não adimitimos dar um passo ao desconhecido.Parabéns .