quarta-feira, 28 de abril de 2010

Estou preparado?


Senhor
Tenho eu o coração preparado para Te receber? A vontade e a recta intenção ajudam, mas o acto de fé constante a que sou chamado ultrapassa as minhas forças, desafia-me racionalmente porque não posso entender só dessa maneira. Depois dizes-me que Te quiseste fazer pequeno, depender de nós, de mim, responsabilizas-me, mas eu que sempre me afirmo como responsável e capaz, tremo ao receber-Te nas minhas mãos, ao olhar nos olhos do outro e perceber o que estou a receber e ao entregar-Te vivo uma sensação ainda maior de fragilidade pelo que dou ser tão maior que tudo o que posso acolher. Abre cada vez mais o meu coração.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A que me chamas?

Afinal a que me sinto eu chamado? Que resposta dou a um convite, um chamamento que ainda não compreendi totalmente, que contem em si vastos horizontes, profundos enigmas, mas também luz inspiradora. Se é uma resposta partilhada porque ando à volta dela sem a confirmar? Sim, porque já muitas vezes fiz que não ouvia o convite e demasiadas vezes adiei a resposta. E assustas-me ainda mais quando percebo que a minha resposta afinal influencia outras. Mas porquê? Porque tenho de sentir esta responsabilidade de provocar os outros? Porque assim tanto as positivas como as negativas são exemplos, pressionam-me a olhar para os outros, percebendo que a resposta que der terá muito mais alcance do que apenas a minha própria vida, quando pensava que isto era exclusivo meu.


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Liberta-me

Senhor
Envia o teu Espírito Santo consolador, para me ajudar a descer ao interior de mim mesmo, para Te encontrar onde tudo é calmo, puro, mas que é difícil de encontrar por tudo o que coloco a obstruir o caminho. Ainda tenho tanto a aprender sobre a humildade, que deve estar presente na minha vida, mas não em forma de mascara que oculta desejos de grandeza, honra e louvores naquilo que faço.
Conseguir olhar para a Cruz e não ver a derrota mas sim a vitória do teu amor, da entrega total por nós, por mim, sem nada me exigir, sem pedir ajuda mas a convidar-me e disposto a ajudar. Liberta-me desta minha prisão em que me deixo cair constantemente.